Que morra comigo o mistério que está escrito nos tigres. Quem entreviu o universo, quem entreviu os ardentes desígnios do universo não pode pensar num homem, em suas triviais venturas ou desventuras, mesmo que esse homem seja ele. Esse homem foi ele e agora não lhe importa. Que lhe importa a sorte daquele outro, que lhe importa a nação daquele outro, se ele agora é ninguém? Por isto não pronuncio a fórmula, por isso deixo que os dias me esqueçam, deitado na escuridão.
Jorge Luís Borges
Herpetoludista
domingo, 12 de junho de 2016
sábado, 21 de maio de 2016
João Carlos Martins
Um grande pianista brasileiro,cujas mãos, trágicas, foram acometidas por diferentes infortúnios.
Aos oito anos João Carlos venceu um concurso tocando obras de Bach. Aos onze estudou com o melhor professor de piano do país: José Kliass, russo de origem judaica radicado no Brasil desde a Primeira Grande Guerra. Kliass teve como mestre Martin Krause, que por sua vez foi discípulo e secretário particular de Franz Liszt. Uma linhagem musical sólida. Aos vinte anos João Carlos Martins tocou no Carnegie Hall, patrocinado pela primeira-dama dos EUA, Eleanor Roosevelt.
Mas as mãos...
Em 1965, jogando futebol no Central Park, caiu e lesionou o nervo ulnar. Parou de tocar por um ano, com três dedos da mão direita atrofiados em decorrência do acidente.
Sete anos mais tarde, à base de muita fisioterapia, retomou a carreira. Aclamado pela crítica e pelo público, desenvolveu um distúrbio osteomuscular causado pelo piano. Teve que desistir mais uma vez.
Mais tarde, teimosamente, reiniciou a carreira musical. Fez adaptações para continuar tocando e gravou toda a obra de Bach, mesmo com os membros debilitados. O público o recebeu de volta. Porém em 1995, em Sófia, na Bulgária, assaltantes o golpearam com uma barra de ferro na cabeça. Como sequela o braço direito ficou comprometido. Os tratamentos intensos o permitiram seguir tocando, mas além do braço a fala também foi afetada. Grava um último álbum com as duas mãos.
Nosso pianista segue tocando apenas com a mão esquerda até que, em 2003, seu braço esquerdo perde a função e sofre uma cirurgia na tentativa de corrigir o problema. Ele perde os movimentos da mão e é forçado a desistir.
João volta-se para a regência. E desenvolve uma distonia no braço esquerdo.
Alguém lá em cima não quer que ele se dedique à música...
Aos oito anos João Carlos venceu um concurso tocando obras de Bach. Aos onze estudou com o melhor professor de piano do país: José Kliass, russo de origem judaica radicado no Brasil desde a Primeira Grande Guerra. Kliass teve como mestre Martin Krause, que por sua vez foi discípulo e secretário particular de Franz Liszt. Uma linhagem musical sólida. Aos vinte anos João Carlos Martins tocou no Carnegie Hall, patrocinado pela primeira-dama dos EUA, Eleanor Roosevelt.
Mas as mãos...
Em 1965, jogando futebol no Central Park, caiu e lesionou o nervo ulnar. Parou de tocar por um ano, com três dedos da mão direita atrofiados em decorrência do acidente.
Sete anos mais tarde, à base de muita fisioterapia, retomou a carreira. Aclamado pela crítica e pelo público, desenvolveu um distúrbio osteomuscular causado pelo piano. Teve que desistir mais uma vez.
Mais tarde, teimosamente, reiniciou a carreira musical. Fez adaptações para continuar tocando e gravou toda a obra de Bach, mesmo com os membros debilitados. O público o recebeu de volta. Porém em 1995, em Sófia, na Bulgária, assaltantes o golpearam com uma barra de ferro na cabeça. Como sequela o braço direito ficou comprometido. Os tratamentos intensos o permitiram seguir tocando, mas além do braço a fala também foi afetada. Grava um último álbum com as duas mãos.
Nosso pianista segue tocando apenas com a mão esquerda até que, em 2003, seu braço esquerdo perde a função e sofre uma cirurgia na tentativa de corrigir o problema. Ele perde os movimentos da mão e é forçado a desistir.
João volta-se para a regência. E desenvolve uma distonia no braço esquerdo.
Alguém lá em cima não quer que ele se dedique à música...
Vendo o que NÃO ESTÁ LÁ
Pareidolia (wikipedia):
A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. Ela também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo. A palavra pareidolia vem do grego para, que é junto de ou ao lado de, e eidolon, imagem, figura ou forma.
Pareidolia, pra mim, é um subproduto, um efeito colateral da necessidade do cérebro de ordenar o mundo através da busca de padrões. É o resultado do batalha entre a mente e a natureza.
É intrigante pensar como, apesar de ser um processo "racional", a identificação de uma imagem pareidológica envolve a crença do portador da massa cinzenta quase disfuncional. Ver pra crer faz todo o sentido.
A pergunta de um milhão de dólares é: o mundo percebido por nós, ele é real também?
A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. Ela também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo. A palavra pareidolia vem do grego para, que é junto de ou ao lado de, e eidolon, imagem, figura ou forma.
Pareidolia, pra mim, é um subproduto, um efeito colateral da necessidade do cérebro de ordenar o mundo através da busca de padrões. É o resultado do batalha entre a mente e a natureza.
É intrigante pensar como, apesar de ser um processo "racional", a identificação de uma imagem pareidológica envolve a crença do portador da massa cinzenta quase disfuncional. Ver pra crer faz todo o sentido.
A pergunta de um milhão de dólares é: o mundo percebido por nós, ele é real também?
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Sexo Não Penetrativo
Pois é.
Parece masturbação, mas mesmo sem penetração existem coisas muito mais fortes do que um doggy style. Pense em bukkake: um grupo de homens ejaculando em um indivíduo alvo.
ぶっかけ¹/ぶっ掛け
A palavra é de origem japonesa, e significa "espirrar água". Denomina o prato feito ao derramar o caldo sobre a comida, tipo um yakissoba com molho.
Prefiro a versão inventada: bukkake seria uma prática punitiva do Japão medieval. Uma mulher adúltera seria amarrada e colocada em uma esteira, geralmente à beira mar, e submetida à ejaculação de vários homens. Imagine a animação da vila em dia de bukkake.
É sexista e tal, como a origem de muitas palavras e conceitos do cotidiano, mas bem mais intrigante do que um prato de yakissoba...
Parece masturbação, mas mesmo sem penetração existem coisas muito mais fortes do que um doggy style. Pense em bukkake: um grupo de homens ejaculando em um indivíduo alvo.
ぶっかけ¹/ぶっ掛け
A palavra é de origem japonesa, e significa "espirrar água". Denomina o prato feito ao derramar o caldo sobre a comida, tipo um yakissoba com molho.
Prefiro a versão inventada: bukkake seria uma prática punitiva do Japão medieval. Uma mulher adúltera seria amarrada e colocada em uma esteira, geralmente à beira mar, e submetida à ejaculação de vários homens. Imagine a animação da vila em dia de bukkake.
É sexista e tal, como a origem de muitas palavras e conceitos do cotidiano, mas bem mais intrigante do que um prato de yakissoba...
BME
BME é a abreviatura de Body Modification Extreme - Modificação Corporal Extrema, uma comunidade de modificados e modificadores.
Gostando ou não de tatuagem, piercings e afins (e tem muita coisa em afins, coisas que você nem imagina) é impressionante a wiki sobre modificação corporal ligada à comunidade.
https://wiki.bme.com/index.php?title=Main_Page
Tatuagens bonitas? Tem. Piercing genital? Tem também. Mutilações impressionantes? Material abundante.
Apesar de curioso, acho importante aceitar. Ir além da tolerância. Ninguém se mutila "para aparecer", imagino. Embaixo de cada tatuagem, escarificação ou piercing, sob a epiderme, tem muito mais coisa. Mais do que músculos, sangue e ossos.
Gostando ou não de tatuagem, piercings e afins (e tem muita coisa em afins, coisas que você nem imagina) é impressionante a wiki sobre modificação corporal ligada à comunidade.
https://wiki.bme.com/index.php?title=Main_Page
Tatuagens bonitas? Tem. Piercing genital? Tem também. Mutilações impressionantes? Material abundante.
Apesar de curioso, acho importante aceitar. Ir além da tolerância. Ninguém se mutila "para aparecer", imagino. Embaixo de cada tatuagem, escarificação ou piercing, sob a epiderme, tem muito mais coisa. Mais do que músculos, sangue e ossos.
sábado, 5 de março de 2016
Cobra da areia
Uma serpente bem curiosa: ela se enterra na areia e surge para dar o bote. Tem muita gente assim no meu serviço... Valia uma participação especial em The Walking Dead. Antigamente os zumbis surgiam do chão, levantando da sepultura.
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