terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sigilação







Desde sempre os símbolos utilizados na magia me fascinaram: riscos, estrelas, desenhos que parecem letras misturadas com alguma coisa. Já adulto descobri como se chamam (ou pelo menos como chamar uma parcela desses designs): sigilos. Esses desenhos são símbolos abstratos criados a partir da combinação das letras de uma frase ou palavra.
Primeiro pegamos uma frase: "quero escrever um livro", por exemplo. Retiramos acentos e letras repetidas: queroscvumli - já ficou bem estiloso, quase um mantra. Depois combinamos as letras em um desenho e nasce um símbolo particular, secreto - só você mesmo conhece o significado.
Esse processo é conhecido como sigilação.
A umbanda também tem algo parecido: os pontos riscados. Desenhos feitos com giz relacionados às entidades trabalhadas. Porém, ao contrário dos sigilos, os símbolos utilizados na umbanda fazem parte de um código pré-definido: cada desenho é relacionado a uma entidade ou prática, e as combinações entre eles explicitam diversos aspectos do trabalho no terreiro.


MOSCNTG - meu mantra atual.

domingo, 4 de outubro de 2015

Paralisado

Não acontece com todo mundo, mas comigo é frequente. Se eu dormir de barriga pra cima, vou acordar paralisado no meio da noite, em pânico.
Sempre foi assim, desde a infância. A paralisia do sono é uma péssima experiência. Você acorda e só consegue mexer os olhos, seu corpo não responde a nenhum comando. A sensação de vulnerabilidade é terrível. Além disso o estado de vigília não é completo - você fica preso entre o sonho (pesadelo, claro) e a realidade, vivenciando uma mistura desequilibrada de ambos.
Quem já passou por isso consegue compreender perfeitamente a origem do medo do escuro e dos mitos envolvendo monstros, aparições e fantasmas noturnos.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Mal que já morreu




Quando era pequeno eu realmente tinha medo de Evil Dead. Nossa, como eu amava aquele filme.
Tudo que tivesse demônio no meio era bom, mas Evil Dead era transcedental, um clímax religioso acessível no meu toshiba de quatro cabeças.
Um sonho sempre foi folhear o Necronomicom.
O clima de grimoire é muito legal, adoro a sensação de folhear algo que parece proibido, mágico. Passar os dedos sobre os símbolos e tentar imaginar o que significam... e alimentar o temor de estar libertando algo que deveria permanecer morto.

Amado e odiado, mais um no longo caminho do Metallica rumo à precificação. Acho que só não é mais odiado do que Reload. Estética por estética, a capa é muuuito legal: um desenho feito de sangue e sêmen. Apenas o som não foi seminal...

Caravaggio

O mestre da sombra.

https://it.wikipedia.org/wiki/Scudo_con_testa_di_Medusa


Serpentes, muitas serpentes!

Black Deck II


Black Deck I


O ovo da serpente chocou

Uma vida com répteis virando algo substancioso.
As cobras, víboras e serpentes se desenrolando.
Quero falar sobre escamas, fossetas loreais e veneno. Com a língua bifurcada ou não, quem sabe?
Chocar mais ovos e jogar as crias no mundo.
Padrões reticulados, sibilos e marcas na areia.